Últimas Notícias
Artesãs da Ibiapaba fazem visita técnica ao grupo “Carqueijo”, de Mucambo
Home Últimas Notícias Artesãs da Ibiapaba fazem visita técnica ao grupo “Carqueijo”, de Mucambo

Como parte das ações do Projeto de Desenvolvimento da Rota Turística Mirantes da Ibiapaba do Escritório Regional do Sebrae na Região, que tem o foco voltado para o desenvolvimento do turismo e da economia, o Sebrae/CE e a Prefeitura de Viçosa do Ceará, realizaram uma ação de benchmarking com o grupo “Flor do Croá” e “Palha do Manhoso”, levando as artesãs para verem de perto a forma de trabalho, estrutura, logística e estratégia de comercialização do grupo “Carqueijo Artesanato”, no município de Mucambo. A ação integrou missão técnica que tem como objetivo fortalecer o comércio local e repassar mais conhecimentos aos artesões da Ibiapaba.

O “Flor do Croá” é um grupo que congrega, 22 artesãos moradores da comunidade de Pindoguaba, distrito de Tianguá. Eles trabalham com a fibra do Croá, que vem de um tipo de vegetação que ganhou valor graças à iniciativa dos artesãos locais. O Croá ou Caroá (Neoglaziovia variegata) possui folhas lineares. E são folhas que fornecem longas fibras, de grande resistência e durabilidade.

Com a ajuda do Sebrae/CE, o grupo tornou-se referência e já teve um showroom na “Casa Cor Ceará”, onde as criações foram expostas. Hoje, os artesãos trabalham, principalmente, sob encomenda. E, agora, um dos projetos do Escritório do Sebrae/CE na Ibiapaba é resgatar a importância que a fibra tem no desenvolvimento local. Dentre as iniciativas, está a participação no Movimento Comércio Justo e Solidário, em parceria com o Sebrae e visitas técnicas como a que foi feita aos grupos “Palha do Manhoso” Carqueijo.

Já o “Palha do Manhoso” é do município de Viçosa do Ceará. O grupo, que desenvolve um elogiado trabalho artesanal com palha e que também tem o apoio do Escritório Regional do Sebrae/CE, no momento desenvolve um projeto de Inovação voltado para releituras com base no chapéu do Panamá, um tipo de chapéu que, apesar do nome, é fabricado no Equador, possui cor clara e pode ter vários formatos e cuja produção sempre despertou curiosidades.

Já foi dito, por exemplo, que o chapéu recebeu este nome porque o presidente estadunidense Theodore Roosevelt usou-o durante uma visita ao canal do Panamá, em 1906. Em razão disso, o chapéu teria se tornado moda, principalmente para homens, até a Segunda Guerra Mundial. Contudo, o Dicionário Oxford registra que esse termo é usado desde pelo menos 1834. Inicialmente era um produto exclusivamente masculino. Hoje, o chapéu é utilizado no verão, tanto por homens como por mulheres. Por vezes simboliza o ambiente praieiro tropical e, no caso do Brasil, ficou muito associado à malandragem carioca, tendo sido muito usado por Tom Jobim.

CARQUEIJO

A visita ao Grupo Carqueijo Artesanato se justifica porque é conhecido nacionalmente pela produção e comercialização de seus produtos em tecelagem e como exemplo de empreendedorismo social. A tradição da tecelagem em Carqueijo é antiga e preservada pela família de Gilmar Martins de Souza que deu origem ao projeto. Mais de 30 famílias obtém o sustento na produção e comercialização de redes, mantas, colchas, jogos americanos e outras peças confeccionadas no tear artesanal. Além de fonte de renda, a tecelagem constitui a identidade cultural e histórica da localidade, uma vez que enreda em laços afetivos o envolvimento com o trabalho, a formação e sustento de famílias, a valorização da cultura e memória local.

O contato com os avanços dos dois grupos já começou a influenciar positivamente as artesãs da Ibiapaba que viram nas soluções encontradas para a produção e comercialização dos produtos, um caminho para alavancarem os seus projetos.

Compartilhe:
Veja Mais