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Artigo: Aplicação da hidroterapia é estratégia eficiente para reduzir gastos da saúde pública
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Em meio aos desafios enfrentados pelo sistema de saúde pública, uma abordagem
inovadora tem se destacado como uma alternativa eficaz para promover a reabilitação e,
ao mesmo tempo, reduzir os custos do erário: a hidroterapia. Esta modalidade
terapêutica, que utiliza a água como meio de tratamento, não só proporciona benefícios
físicos, mas também pode apresentar resultados econômicos significativos no âmbito dos
tratamentos médico-hospitalares.


A hidroterapia tem se revelado uma ferramenta valiosa no tratamento de uma variedade
de condições médicas, desde lesões ortopédicas até distúrbios neuromusculares. A
resistência da água oferece suporte ao corpo, reduzindo o impacto nas articulações e
facilitando movimentos suaves, tornando-a particularmente eficaz para pessoas com
limitações físicas. Além disso, a utilização de água aquecida contribui para o relaxamento
muscular, o alívio da dor e a melhoria da circulação sanguínea.


Ao aplicar a hidroterapia como parte integrante dos programas de reabilitação, os
benefícios são evidentes. Pacientes experimentam uma recuperação mais rápida, maior
mobilidade e, muitas vezes, reduzem a dependência de medicamentos. Isso não apenas
melhora a qualidade de vida, mas também resulta em menos visitas hospitalares e
consultas médicas.


A economia gerada pela incorporação da hidroterapia nos tratamentos é particularmente
relevante para o sistema de saúde pública. Reduzir a necessidade de intervenções
médicas intensivas, cirurgias e medicamentos caros não apenas alivia a pressão sobre os
recursos limitados, mas também permite que os profissionais de saúde foquem em áreas
mais críticas. Ademais, o ambiente aquático da hidroterapia oferece uma abordagem
preventiva, reduzindo a recorrência de certas condições e, consequentemente, os custos
associados a tratamentos de longo prazo.

Se o recorte for realizado apenas em acidentes de trânsito, esses custos aos cofres
públicos dão uma ideia do quanto se faz urgente encontrar boas alternativas no sentido
de agilizar tratamentos. Apenas com internações de pessoas em decorrência de sinistros
de trânsito, o País gastou R$ 171 milhões durante o ano de 2020, de acordo com a
Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet).


Além dos benefícios individuais, a hidroterapia pode ser implementada em centros de
reabilitação comunitários, promovendo a saúde pública em larga escala. Programas de
prevenção e promoção da saúde, que incluem sessões regulares de hidroterapia, podem
ser uma estratégia custo-efetiva para abordar questões crônicas, como doenças
cardiovasculares e musculoesqueléticas.


Mykelly Bento, fisioterapeuta do Sesc Ceará

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