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Augusta Brito alerta para aumento de casos de violência contra mulher
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A deputada Augusta Brito (PT) condenou casos de violência contra a mulher e cobrou medidas mais efetivas para defesa dos direitos das mulheres, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta terça-feira (12/07), realizada de modo híbrido.

A parlamentar comentou  casos recentes que estão sendo noticiados na imprensa e pontuou que o problema está ainda mais amplificado, devido o contexto político, social e econômico que o Brasil está passando, de conservadorismo e negacionismo.
Entre os casos, está o caso de estupro que teria sido cometido por um médico anestesista Giovanni Bezerra contra uma paciente que passava por uma cesárea no Rio de Janeiro, na madrugada desta segunda-feira (11/07). Giovanni foi preso em flagrante após ter suas ações gravadas.
“A pena de 8 a 15 anos, se comparado com os traumas que a mulher vai levar para a vida, não é nada. Em 15 anos, isso não passa nem para mulher nem para a família dela. É de uma perversidade tão grande que não é nem descritível”, disse.
Outro caso foi o do feminicídio de uma jovem de 22 anos que aconteceu no último domingo (10/07), enquanto ela comemorava o aniversário, na Bahia. O ex-namorado dela é o principal suspeito de desferir facadas contra a jovem.
“O que é que temos feito, o que essa Tribuna, o que o Tribunal de Justiça está fazendo para combater a violência contra mulher?”, indagou a deputada.
Augusta Brito falou ainda da prisão de um médico de 45 anos na cidade de Hidrolândia, interior do Ceará, denunciado por estupro de uma paciente durante consulta no posto de saúde do município. O caso veio à tona depois da denúncia da vítima nas redes sociais em maio deste ano.  
A deputada falou da dificuldade das vítimas em denunciar e da culpabilização delas. Para Augusta Brito, alguns dos motivos que explicam isso é a questão da falta de acolhimento às mulheres nos diferentes espaços, sobretudo nos dedicados à resolução desses problemas. Outro ponto é o fato de ser extremamente doloroso para as vítimas terem que relembrar o acontecido e denuncia e também o medo do julgamento.
A parlamentar apresentou dados do Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre o número de assédios sexuais em ambiente de trabalho registrados neste ano. Só até junho de 2022, já foram feitas 63% do total de denúncias de assédio sexual realizadas em todo o ano passado. Comentou ainda sobre violência política e citou os casos de Marielle Franco, ex-vereadora assassinada em 2018, e de Isa Penna, deputada estadual de São Paulo que foi assediada durante sessão plenária na Assembleia Legislativa local.
“Ela teve muita coragem de denunciar, de publicizar o que aconteceu, porque quando faz isso, ela encoraja outras mulheres a fazerem o mesmo em seus casos” afirmou Augusta sobre Isa Penna.
Em aparte, o deputado Renato Roseno (Psol) se solidarizou com o pronunciamento da deputada Augusta Brito e com o trabalho realizado por toda a equipe dela também na Procuradoria Especial da Mulher.  “Esses casos que a senhora relatou causam verdadeira indignação e revolta a todos, principalmente em quem luta contra a violência contra a mulher.” Roseno falou da importância de movimentos sociais e institucionais na defesa do direito das mulheres e chamou  atenção para o número de Delegacias da Mulher no Ceará que, de acordo com ele, é muito aquém do que é determinado por lei.

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