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Iniciativa busca garantir que toda a família dos pacientes seja assistida e que possam lidar juntos com os desafios do TEA
O deputado Célio Studart (PSD/CE) protocolou nesta terça-feira (18) um projeto que cria o Programa de Acolhimento e Suporte Psicoeducacional (PASP). O atendimento psicológico, orientação e apoio para famílias de crianças com autismo visa assegurar qualidade de vida, entendimento e maior esclarecimento sobre o TEA, seus desafios e perspectivas para pacientes com diagnóstico.
Para o parlamentar, muitas vezes o diagnóstico é recebido sem um conjunto de informações e acolhimento, deixando pais e familiares ansiosos e sem compreensão de como lidar com diversos pontos relacionados, como as demandas de suporte, a necessidade de cuidados multidisciplinares e outras modalidades de apoio para os autistas. É comum ainda que pais sofram processos emocionais extenuantes, durante a adaptação após o diagnóstico.
A proposta inclui o incentivo à criação de grupos especializados de discussão, apoio e autoajuda, estimulando a troca de experiências entre profissionais de saúde, familiares e a comunidade em geral. Essa iniciativa promove a conscientização, o acolhimento e a orientação sobre o convívio com crianças autistas, além de ações de educação e capacitação voltadas a familiares, cuidadores e profissionais de saúde, com foco em técnicas de manejo comportamental e estratégias para o desenvolvimento infantil pleno.”
O programa tem como meta principal a prevenção de sobrecarga e adoecimento mental dos cuidadores, reduzindo estresse, ansiedade e depressão, que podem advir do manejo diário das demandas complexas do TEA.
Para o autor, é preciso entender que a realidade das pessoas com autismo envolve toda a família e o círculo social e, para além de garantir a compreensão sobre os direitos legais e os tratamentos disponíveis no SUS é necessário empoderar e auxiliar essas famílias. “O poder público precisa oferecer políticas que vão além da materialidade. Não estamos aqui tratando dos direitos da pessoa com autismo, mas de todo o contexto familiar. É preciso acompanhar as famílias, escutar, buscar com muito carinho e atenção esclarecer dúvidas, acolher e colaborar com esses universos complexos que são os núcleos familiares”, comenta Studart.
O projeto propõe ainda, de forma inédita, a oferta de serviços de apoio temporário, no domicílio ou em unidades de saúde, garantindo aos familiares períodos de descanso e cuidados com a própria saúde.