O plano de retomada das atividades econômicas no Estado é constituído de cinco fases, fase de transição – ou fase zero – iniciará na próxima segunda-feira (01/06), terá duração prevista de sete dias e será como um teste para as outras quatro etapas, com 15 dias cada. O decreto de isolamento social será prorrogado no Ceará.
O líder do Governo na Casa, deputado Júlio César Filho (Cidadania), destacou que a retomada gradual da economia só está sendo possível graças ao esforço de todos os cearenses de seguir o isolamento social. No entanto, o parlamentar salientou que a população não pode se descuidar. “É por isso que, com esperança renovada, a gente pede: fiquem em casa. Sigam todo o protocolo que está sendo amplamente divulgado pelo Governo do Estado, para que em breve possamos abraçar nossos amigos, familiares e voltar às atividades normais”, recomendou.
O deputado Fernando Hugo (PP), em entrevista a FM Assembleia, classificou como “sensata” a ação do governador Camilo Santana em elaborar, um plano que respeita a saúde da população e ao mesmo tempo tem responsabilidade com a economia do Ceará. “Se não houvesse esse planejamento, no segundo semestre estaríamos em um caos total, com agressões às instalações de núcleos produtivos, invasões grandes e uma socioeconômica patologicamente implantada pela fome, pela desordem, desemprego e pela desunião civilizatória”, previu.
O deputado Heitor Férrer (SD) ressaltou que o enfrentamento à pandemia segue um protocolo visando sempre a saúde, por isso, o retorno às atividades precisa ser lento, gradual e efetivamente responsável para que essa abertura não traga novos picos de casos no Estado. “Se nessa abertura não tiver um controle, de maneira rígida, nós teremos novamente uma volta da doença, o que interferirá, mais uma vez, em nossa economia. Por isso, tem que ser feita de maneira muito cautelada, controlada, para não termos um insucesso nessa abertura”, pontuou.
Para a deputada Fernanda Pessoa (PSDB), a volta das atividades é necessária para que segmentos da economia voltem a funcionar e para que as pessoas possam retornar aos trabalhos. “O que precisamos é ter consciência de que é um retorno gradual. É de extrema necessidade a fiscalização e o cuidado nos ambientes de trabalho como medir a temperatura das pessoas, uso obrigatório de máscara e apenas os trabalhadores necessários para fazer funcionar as empresas. Os empregados do grupo de risco, inclusive, não devem retornar ainda às atividades”, defendeu.
Já o deputado Renato Roseno (Psol) classificou o retorno gradual das atividades como “precipitado”. O parlamentar ressaltou que a maioria dos países que reabriram, o fizeram a partir de semanas de estabilidade e queda dos indicadores. “Meu receio é um repique como o que houve no interior de São Paulo, que obrigou 30 municípios a voltarem ao isolamento, ou a Coreia do Sul, que também teve de voltar ao isolamento. De toda forma, precisamos monitorar bem todos os indicadores, reforçar as medidas protetivas e seguir as regras das autoridades sanitárias”, frisou.
O deputado Acrísio Sena (PT) reiterou que o retorno é gradativo. “Precisamos levar em conta todos os critérios técnicos e epidemiológicos, como a redução dos números de internamentos e óbitos, entre outros”, disse. O parlamentar assinalou que é necessário aprender com os países que já passaram pela pandemia e retornaram lentamente às atividades. “Precisaram observar as medidas de segurança, também tomadas em países que já passaram por isso, como evitar aglomerações em eventos, a obrigatoriedade do uso de máscara em locais públicos e, acima de tudo, a testagem rápida dos empregados que retornem aos locais de trabalho”, afirmou.
A deputada Augusta Brito (PCdoB) explicou que o governador Camilo Santana vem seguindo de maneira responsável as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). “Precisamos estar conscientes que não é um momento de irmos para a rua, é uma flexibilização. Eu acredito e confio muito nas ações que o governador vem tomando porque ele tem se embasado na ciência e ouvido os profissionais da saúde. Agora precisamos contar com a população para cumprir as regras de cada fase para que tenhamos êxito”, afirmou.
A deputada Érika Amorim (PSD) também avalia que o plano de retomada foi bem construído e feito a partir de análises criteriosas, de modo que atividades de setores com maiores chances de aglomeração fossem deixadas para as últimas fases do plano. “Essa reabertura das atividades é importante, mas sem colocar em risco o que já foi conquistado até aqui, buscando salvar o maior número de vidas. Da forma como está planejado, acredito que será possível fazer um acompanhamento dos novos casos e a manutenção, ou não, das fases planejadas”, enfatizou.