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Em Itapipoca, governador Elmano visita instalações da nova unidade da empresa Dikoko
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Nesta quarta-feira (28), o governador Elmano de Freitas esteve em Itapipoca, no Litoral Oeste, onde visitou as instalações da nova unidade da cearense Dikoko, empresa que atua no mercado de coco e derivados. Estiveram presentes o CEO da Dikoko, Raimundo Dias; o secretário do Desenvolvimento Agrário, Moisés Braz; entre outras autoridades.

Ao visitar o empreendimento, Elmano de Freitas conheceu tecnologias e processos da primeira fase de expansão da Dikoko e conversou com colaboradores. “Quando conhecemos de perto um empreendimento como esse e vemos as pessoas trabalhando, sustentando suas famílias com o suor do rosto, é muito animador. Esse projeto reconhece e percebe o potencial dessa região, do plantio ao desenvolvimento de novos produtos, incluindo o pequeno produtor. Parabéns aos colaboradores que integram esse projeto, que é um farol para o Ceará”, destaca Elmano de Freitas.

A expansão foi anunciada pela empresa em junho deste ano, após reunião entre o governador e o CEO, no Palácio da Abolição, em Fortaleza. O investimento projetado pela empresa é de R$ 196 milhões em todas as fases de implantação da nova unidade.

A Dikoko, que possui unidade em Paraipaba, também no Litoral Oeste, gera atualmente 674 empregos diretos e 1.050 indiretos. A expansão deve gerar 211 novos empregos diretos e 600 indiretos em três anos. A previsão é chegar a mais de 130 novos colaboradores na primeira fase.

Desenvolvimento sustentável

Esse incremento na produção tem como finalidade a comercialização de água de coco. Para isso, a empresa utiliza de forma pioneira no Ceará a energia solar e reutiliza 100% dos resíduos na cultura do coqueiro-anão-verde.

O objetivo, de acordo com Raimundo Dias, CEO da Dikoko, é fortalecer uma rede produtiva que envolve agronegócio, sustentabilidade, agricultura familiar e turismo.

“A missão do empreendedor não é só gerar riqueza para ele ou seu negócio, é gerar riqueza para as pessoas. Nós vamos ter um estímulo para que os pequenos produtores possam replicar, usar a tecnologia que nós estamos usando de plantio, de utilização de bombeamento e energia renovável”, detalha Dias.

Estado e Dikoko vão dialogar para viabilizar, em parceria, a implementação de módulo do projeto em uma comunidade da região potencialmente produtora.

“Não é só emprego e geração de renda para a região, que tem povo trabalhador, tem turismo, mas também é fundamental para todo o estado”, reforçou o titular da SDA, Moisés Braz.

A semente do desenvolvimento

Sobre a nova fábrica, o CEO Raimundo Dias afirma que a construção será iniciada no próximo mês, com previsão de início da operação para o segundo semestre de 2025. A unidade, segundo ele, também deve absorver a produção da região.

Enquanto isso, a primeira fase, focada no plantio e manutenção, compreende uma área de mil hectares, com 205 mil plantas, distribuídas em 250 módulos de quatro hectares. O diferencial está no sistema de irrigação por microaspersão acionado por geração de energia solar.

Esse trabalho conta com a expertise de profissionais como Sabino Mesquita, de 70 anos, diretor agrícola da Dikoko. “A marca está se posicionando nesse mercado que está crescente, porque o mundo todo aprendeu a tomar água de coco. O nosso produto tem qualidade no sabor, além de respeitar o meio ambiente”, diz.

A engenheira agrícola Mayara Santos, 36, que há 15 anos trabalha na cultura do coco, fala com emoção ao ver o projeto avançando. “Tudo que a gente precisa o coqueiro dá. Ele dá coberta, com a sombra, dá palito de dente, dá fruto, muita proteína, água de coco para ser soro fisiológico, caule que pode ser cortado e virar madeira para casa”, cita.

Mayara também ressalta que o conhecimento sobre o coqueiro, que se adaptou às condições do litoral brasileiro, é importante para uma economia inclusiva. “As raízes sustentam essa planta que dura por mais de 40 anos. Um hectare [plantado] pode gerar uma renda por quase um ano. Além disso, o coqueiro tem uma história muito bonita. Essa planta veio através dos africanos escravizados que traziam [o fruto] como alimento nas embarcações”, conclui.

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