Passados 30 dias do início da implantação do plano de reabertura da economia cearense, o presidente do Sistema Fecomércio Ceará, Maurício Filizola, fez um balanço da retomada do comércio de bens, serviços e turismo. Segundo ele, ainda há muitas dificuldades a serem enfrentadas, porém já se enxerga uma recuperação financeira.
Filizola ressalta que para a análise desse um mês de reabertura do setor produtivo cearense devem ser levados em conta alguns fatores. Dentre eles, o fato de que as empresas estão funcionando com restrição de horário e de colaboradores, justamente para a preservação da saúde.
Contribuição
Segundo o presidente da Fecomércio, é positiva a retomada, considerando que o hábito do consumidor modificou e, por isso, as pessoas estão retomando suas compras gradualmente. “Já iniciamos com perspectivas positivas para alguns setores”, definiu.
Uma importante contribuição bastante aguardada pelos empresários, informa Maurício Filizola, depende dos bancos. De acordo com ele, é aguardado que as instituições financeiras possam atender algumas demandas das empresas. “Nesse momento é importante o apoio financeiro para a retomada da economia e para a manutenção dos empregos”, pontuou.
Na avaliação do presidente do Sistema Fecomércio, as empresas irão continuar com todos os cuidados e os protocolos de prevenção ao COVID-19 adotados, desde o início das operações e que também contribuíram para a redução de casos em Fortaleza. “Fazendo com que tenhamos a continuidade tão esperada da retomada da nossa economia”, frisou.
Números da COVID-19
De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura de Fortaleza, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), no dia 3 de julho, a Capital cearense possui 36.099 casos confirmados do novo Coronavírus. Segundo os dados, foi percebida uma importante desaceleração da doença, principalmente, nas quatro últimas semanas, apresentando também uma importante “lentificação” do incremento diário.
De acordo com o boletim, a tendência de “achatamento” da curva de casos confirmados se consolidou e deve ser monitorada diariamente. Também foi observada uma tendência de estabilização da curva de óbitos, consolidada na segunda semana de junho, refletindo uma redução dos eventos fatais registrados diariamente.
Um levantamento realizado pelo núcleo de consultoria empresarial, do curso de Administração, da Universidade de Fortaleza mostra que o Ceará alcançou 86.091 curados e 108.699 casos de COVID-19. Houve ainda um crescimento de 0,4%, em 24h, representando 7,8% do total de casos do Brasil e 22,6% do Nordeste.
O crescimento de 0,4% no número de casos significa 474 novos registros em 24h e representa 7,8% do total de casos do Brasil e 22,6% do Nordeste. A taxa de ocupação de UTIs caiu para 68,7% e a de enfermarias flutuou para 44,2%
Marcado pela reabertura da economia cearense, o mês de junho, segundo o estado, apresentou a consolidação da redução do número de óbitos no Estado. O epicentro da doença migrou da capital para o Interior. O
comportamento da população na reabertura é de relaxamento principalmente no que tange ao distanciamento social evitando aglomerações.
O levantamento indicou ainda que junho iniciou com um número de reprodução efetiva superior a 1 e terminou registrando 0,69 o que indica que de forma geral a transmissão está sob controle no Ceará. A ocupação de leitos de UTI em 01/06 era de 86,8% e de enfermarias 62,2% e hoje encontram-se em valores abaixo de 70% e 50%, respectivamente.