A Prefeitura de Eusébio, através da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), após uma pausa das festas de final de ano, retoma as atividades da Feira Cultural no Polo de Lazer Francisco Ivens Dias Branco das 18h às 21h, sempre aos sábados e domingos. A Feira Cultural fortalece cada vez mais a renda dos artesãos eusebienses, que por muitas vezes sustentam a família apenas com a renda da venda dos produtos que expõem.

A Feira possui três eixos principais que são: Comidas típicas, artesanato e espaço kids.  Durante o período mais crítico da pandemia muitos artesãos ficaram sem ter como manter a família. Um deles ficou 125 dias sem ter como vender, como é o caso do senhor Francisco, conhecido como Louro, dono do ‘Ponto do pratinho’. “Graças a Deus eu sobrevivo e sustento minha família com o que ganho aqui na banca. Mas, no momento mais crítico da pandemia, passamos 125 dias em casa, na segunda fase da pandemia eu decidi abrir um ponto para poder manter o básico até que fosse liberado para gente voltar a trabalhar aqui no Polo. Aqui comigo, trabalha minha família e mais duas ajudantes que são eusebienses”, disse.

A artesã Ivângela Lafayete, membro da Associação dos Artesãos de Eusébio (AARTE), diz que sua única fonte de renda é o que produz e expõe na feirinha cultural. “O artesanato é minha única renda. Se eu vender, ótimo. Se não vender, fico no prejuízo”, disse. No entanto, ela destaca que todos devem prestigiar o espaço e que sempre está tendo curso no NAEC, oferecido pela Prefeitura através da Secretaria de Cultura e Turismo para qualificação dos artesãos. “Estamos sempre tendo cursos no NAEC para incentivar cada vez mais os artesãos a produzir suas peças. Atualmente está tendo curso de decupagem e, em breve de crochê”, destacou.

Conforme Madalena Marques, expositora e também presidente da Associação dos Artesãos de Eusébio (AARTE), anteriormente os artesãos vendiam nas comunidades do município. “Antes de trabalharmos aqui no Polo de Lazer, a gente trabalhava expondo os nossos produtos nas comunidades e no mercado. Quando viemos para cá, melhorou muito. Temos mais visibilidade, devido as pessoas que frequentam a praça.”, disse.

Todos os artesãos que estão expondo na Feira Cultural são cadastrados na associação e todos possuem carteirinha da Central de Artesanato do Ceará (CEART), são aproximadamente mais de 50 associados.  Madalena Marques destaca quais exigências para ser um artesão associado. “A exigência principal é ser morador de Eusébio e produzir seus artesanatos, não pode vender ou revender outro tipo de produto. Além disso, pagar uma taxa simbólica de R$10,00”, destaca.