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FIEC e entidades convidadas participam de reunião da Prefeitura de Maracanaú para discutir estratégias para fomentar inclusão social e empregabilidade no município
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A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) recebeu, nesta quarta-feira (12/02), a primeira reunião da Prefeitura de Maracanaú com representantes de instituições públicas e privadas para discutir estratégias de inclusão e emancipação social da população do município. O momento contou com a participação do Presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante; do Prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa; do Secretário de Inclusão Social e Cidadania de Maracanaú, Carlos Matos; do Diretor Regional do SESC-CE, Henrique Javi; do Presidente em exercício da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do CE, PI e MA, Mário Albuquerque; do Ex-governador do Estado do Ceará, Lúcio Alcântara, além de representantes de diversas instituições econômicas e educacionais.

O projeto a ser construído pela Prefeitura de Maracanaú junto aos parceiros busca tratar de problemáticas enfrentadas pelo município, a exemplo da emancipação social de cidadãos e a falta de mão de obra qualificada que as empresas têm enfrentado no município.

A ideia proposta é unir a atuação e o conhecimento da Prefeitura com as Federações da Indústria, do Comércio e do Transporte (FIEC, Fecomércio e FETRANS) e suas casas; as universidades, e instituições como Sebrae, Banco do Nordeste, Associação dos Jovens Empresários e Fundação Demócrito Rocha. A partir da formação de um grupo de trabalho, serão planejadas e executadas ações com foco em empreendedorismo, qualificação profissional, acesso ao crédito, cooperativismo e superação da vulnerabilidade no município.

Ricardo Cavalcante destacou que o foco dos esforços não é acabar com  benefícios sociais, mas sim oferecer outras oportunidades para as pessoas que dependem hoje de programas de transferência de renda. “O Bolsa Família tem que existir, porque não podemos ter ninguém desamparado no estado. Não podemos mais ter isso no Brasil, mas o que acontece é que todo projeto tem que ter uma janela de saída, então não é querer tirar o direito de quem tem, mas mostrar que a gente precisa do emprego, porque é em cima dele que se sustenta esse país, e mostrar que nós temos alternativas para a população na indústria, no comércio, nos serviços, na agricultura e nos transportes”, frisou.

Para o Secretário de Inclusão Social e Cidadania de Maracanaú, o projeto pode ser uma ferramenta potente na redução da desigualdade socioeconômica na região. “O município de Maracanaú decidiu acelerar o processo de mobilidade social, criando a Secretaria da Inclusão Social para gerar mais oportunidades para aqueles que hoje ainda dependem muito de programas sociais, oferecendo uma mobilidade social maior, empreendendo com maior qualificação, como uma forma de viabilizar trabalhos conjuntos. É uma aposta que reduz as desigualdades do município e gera não só uma ocupação, mas uma ocupação com mais qualificação, especializando um pouco mais a economia, e com isso gerando uma grande inclusão social”, explicou Carlos Matos.

O Prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, destacou que o município tem uma grande parcela de sua população dependente de programas de renda e que esse dado foi um alarme para a gravidade da situação. “Nós temos 34.000 famílias no CadÚnico em Maracanaú. A gente quer que essas pessoas ganhem mais, fiquem independentes, tenham coragem de ousar. Porque isso também é cultural. As pessoas não querem trocar o certo pelo duvidoso, então elas têm receio de ter uma carteira assinada por achar que vão perder o benefício. E também tem o desconhecimento da legislação, o que é o pior”, ressaltou.

Ainda segundo o Prefeito de Maracanaú, a ideia é fazer do município um projeto-piloto para reduzir a dependência do assistencialismo e inserir pessoas no mercado de trabalho formal. “Não é Maracanaú só, é a sociedade. Porque esse é um projeto muito ousado, a cultura é muito forte, existem questões ideológicas no meio, mas a gente precisa se unir. O Bolsa Família é um projeto fantástico, mas é emergencial, e tornou-se permanente, então Maracanaú se propõe a ser o laboratório para encontrarmos soluções para essa questão”, concluiu.

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