Saber ler e interpretar as informações que existem numa empresa pode ser valioso para o sucesso dos negócios.

É sobre isso que trata o conceito de data driven, no qual os dados são utilizados como referencial para as decisões de uma empresa. Implementar uma cultura data driven nas empresas do setor metal mecânico é o foco de um dos projetos do novo ciclo do Programa de Apoio à Competitividade das Micros e Pequenas Indústrias (Procompi), executado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), através do seu Núcleo de Convênios e Parcerias (Nucop), em parceria com o Sebrae Ceará.

Na quinta-feira, 4/07, uma reunião realizada na Casa da Indústria, com a participação de empresários e representantes das empresas que serão beneficiadas, marcou a abertura do projeto.

“O que a gente está começando a trabalhar aqui é a implementação de uma cultura para que nós possamos tomar decisões baseadas nos dados que as empresas possuem, e não em suposições”, explica Fábio Braga, especialista em inovação da FIEC. Para isso, o projeto prevê como primeira fase um diagnóstico da qualidade desses dados, que será realizado por consultores especializados. “Nós precisamos saber onde esse grupo de empresas está em relação à maturidade para uso desses dados”, ressalta Braga, acrescentando que as consultorias nas empresas têm início na próxima segunda-feira, 8/07.

Um dos consultores que irá realizar o trabalho junto às empresas participantes, Manoel Quintino Júnior, defende a implementação de uma cultura data driven como uma decisão estratégica no cenário de negócios atual. “A concorrência entre as empresas está cada dia mais acirrada, então quando uma empresa tem elementos que geram vantagem competitiva para ela, isso faz com que ela saia da frente e consiga obter melhores condições para conseguir clientes, reter esses clientes e fazer com que eles sejam rentáveis”, justifica.

Ao todo, 16 empresas do setor metal mecânico cearense participarão do projeto, que terá duração até o mês de novembro. Para Denis Oliveira, gestor da Northplast, umas das empresas participantes, o projeto veio em bom tempo. “A nossa dificuldade é justamente na parte de automatização de informação e de dados. Tudo o que é para gerar dados é um processo doloroso para nós. Nossa maturidade em análise de dados é muito pequena, então essa orientação vai ser muito oportuna para nós”, conta.