O Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) lançou nesta semana estudo sobre reorientação produtiva.
O objetivo é que indústrias de setores como têxtil, confecções, químico, plástico e de bebidas possam voltar seus trabalhos para produção de itens médicos essenciais de maior demanda pelo sistema de saúde. O documento traz instruções para fabricação de produtos como máscaras, aventais e válvulas de oxigênio.
O material voltado para as indústrias traz mapeamento de panorama geral, desenho técnico, materiais, equipamentos necessários, alternativas produtivas, patentes e possíveis empresas fornecedoras.
Segundo o gerente do observatório da Indústria, Guilherme Muchale, a iniciativa está alinhada com as diretrizes elaboradas pelo presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, incentivando diversas áreas do Sistema Fiec na busca por soluções que possam auxiliar o sistema de saúde.
Estímulo à competitividade
Ele destaca que a medida, além atender à demanda da saúde pública por equipamentos de proteção individual, estimula a competitividade e produção das indústrias que tiveram o faturamento prejudicado pela pandemia.
“Além das vantagens de ampliação dos suprimentos desses itens para o sistema de saúde local, as empresas podem se beneficiar de maneira ampla, uma vez que, utilizando parte do maquinário existente, é possível readequar suas produções para uma demanda crucial que emerge de forma global”, diz.
Produção poderá ser absorvida no mercado interno
De acordo com o gerente do observatório da indústria, da FIEC, Guilherme Muchale, indústrias de qualquer setor podem reorientar suas produções, desde que tenham os equipamentos necessários para produção dos insumos de proteção individual.
Ele recomenda que a escolha dos produtos a serem fabricados deve ser feita de acordo com o perfil de cada indústria, evitando gastos com equipamentos. “A própria produção de máscaras será essencial para a retomada da economia do Estado, que deve acontecer assim que houver melhoria nos indicadores de saúde e redução das taxas de ocupação das UTIs. Sem essa adaptação, o Ceará continuaria refém da oferta desses produtos por parte dos países asiáticos, além de ter que lidar com complicadas operações logísticas”, chama atenção.
A ideia é que produção seja principalmente para consumo interno no Ceará, mas os produtos podem ser enviados para outros estados de acordo com o tamanho da indústria e sua capacidade produtiva. “Esperamos que o Governo dê prioridade para as compras de produtos de empresas locais. É o que tem sido estimulado para valorizar o emprego dos cearenses, e reduzir os impactos sociais geradas pela pandemia”, pontua. Novo estudo está sendo elaborado e deve ser lançado até o começo de junho.
Acesse o documento completo:
Reorientacao-Produtiva-da-Industria-Cearense
Fonte: O otimista