Uma audiência pública realizada pela Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal, na Assembleia Legislativa do Ceará, debateu, nesta sexta-feira (01/07), a qualidade dos serviços prestados pela Enel Distribuição Ceará e os valores cobrados nas tarifas de energia elétrica no estado.

A 2ª reunião externa do colegiado ocorreu após requerimento do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que presidiu a sessão. Além dele, estiveram presentes o Coordenador do Núcleo de Energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Joaquim Rolim; o Diretor Institucional da Enel, Osvaldo Ferrer; além de representações do poder legislativo municipal e estadual. Os núcleos de Defesa do Consumidor também estavam representados, assim como a Fecomércio e a Faec.

De acordo com o senador Eduardo Girão, a reunião é mais uma etapa da discussão com relação ao aumento das tarifas. “Já fizemos uma audiência pública em Brasília, e agora fazer aqui no Ceará é histórico. Nunca no Estado do Ceará tivemos isso, uma audiência pública oficial, externa do Senado Federal, na nossa cidade”.

Segundo o Coordenador do Núcleo de Energia da FIEC, Joaquim Rolim, “o setor industrial também foi impactado por esse aumento de quase 25% porque a energia elétrica é um dos insumos mais importantes na composição de custos do setor industrial. Entendemos que a tarifa de energia elétrica no Brasil requer um trabalho com lupa, para se ver todos os seus componentes e quais são aqueles que impactam mais para, analisar o que pode ser feito para, inclusive, eliminar um paradoxo, que é o fato do Brasil possuir um dos menores custos de produção de energia no mundo, e um dos maiores preços para o consumidor dessa mesma energia.

Esse trabalho precisa ser feito, mas com respeito aos contratos, visto que o setor elétrico requer muitos investimentos, e com retornos de longo prazo. Por isso, requer segurança jurídica e regulatória”.

“Entendemos também que a qualidade do serviço é de fundamental importância. No início deste ano, a partir de uma conversa do presidente da FIEC, Dr Ricardo Cavalcante com a presidente da Enel, Dra Marcia Sandra, foi aberto um canal direto para as demandas do setor industrial, e tal providência tem sido seguida, para maior atenção às prioridades.

Temos tido a  percepção, já num curto espaço de tempo, de que há uma possibilidade de melhoria. Almejamos que a Enel volte a ter uma das melhores qualidades de serviço, percebidas pelo consumidor, como ocorreu no passado.