A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Ceará), realizou na última quarta-feira (15/4) a doação de mil protetores faciais modelo “face shields” à Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce). Os protetores faciais serão distribuídos para os servidores da Pefoce da sede, em Fortaleza, e dos sete núcleos do interior do Estado para reforçar a proteção e evitar o risco de contaminação pelo Covid-19, o coronavírus.
“O sentimento de poder ajudar a sociedade e os profissionais que estão nessa missao tão difícil, atuando na linha de frente, nos dá um alento de que estamos fazendo a nossa parte”, diz o gerente do Instituto SENAI de Tecnologia (IST), João Goffoni.
A doação do material faz parte de um projeto do Sistema Fiec que visa colaborar com as atividades dos serviços essenciais, ou seja, as atividades fundamentais que não podem parar. Os protetores faciais são produzidos pelo SENAI Ceará em parceria com a empresa Esmaltec. A instituição também está realizando a produção de álcool 70% e doações de outros materiais de proteção ao Covid-19.
Com relação aos Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s), o SENAI Ceará aumentou a meta de fabricação, que antes era de 30 mil, para 40 mil máscaras. Destas, 2 mil já foram enviadas ao Amapá e mil ao Acre.
Os protetores faciais estão sendo produzidos nas unidades do SENAI em Maracanaú, Sobral e Juazeiro do Norte. A produção ganhou maior velocidade, graças a uma solução desenvolvida pela equipe do IST, localizado em Maracanaú.
Os elementos que antes eram fabricados através de impressoras 3D, passaram a ser produzidos através de uma injetora. Cada impressora conseguia imprimir uma máscara a cada três horas, mas o novo processo produtivo permitiu a fabricação em larga escala, com uma produção diária de 3 mil máscaras. “Isso foi possível graças a um molde desenvolvido pela equipe do IST, que permitirá o processo de produção de peças por injeção”, explica João Giffoni.
A máquina injetora de plástico é usada no processo de fundir e moldar polímeros de acordo com a peça que será criada no processo de transformação. Nessa operação o plástico é aquecido e injetado em um molde, que em seguida é resfriado e, então poderá ser aberto para extração da peça. Todo o funcionamento da injetora de plástico acontece por meio de um sistema hidráulico que regula a temperatura e mantém a força das tarefas. Da mesma maneira, a atividade é monitorada por um sistema de controle que mantém o bom funcionamento do processo.
Voluntários
Colaboradores de diversas áreas do Sistema FIEC estão envolvidos na iniciativa. Por dia, cerca de 20 pessoas realizam a montagem dos equipamentos. O gerente do IST estima que 200 voluntários já tenham dado a sua contribuição.