A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) promoveu na última terça-feira (19/5) uma reunião virtual entre a Caixa Econômica Federal, o Sebrae e empresários associados aos sindicatos filiados à federação. O assunto do encontro foi a linha de crédito para microempreendores individuais (MEI’s) e micro e pequenas empresas oferecida por meio da parceria entre Caixa Econômica Federal e Sebrae – o Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (FAMPE).
A superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL Ceará) e líder de Fortalecimento Sindical da FIEC, Dana Nunes, abriu o encontro, agradecendo ao Sebrae e Caixa Econômica Federal pela parceria e pronto atendimento da demanda da FIEC. “Estamos à disposição para auxiliar as empresas a buscarem crédito nesse momento difícil”, destacou.
A Caixa e o Sebrae assinaram um acordo para facilitar o acesso dos empreendedores a financiamento de capital de giro: uma linha especial de R$ 7,5 bilhões disponibilizada pelo banco e garantida pelo Sebrae por meio do Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (FAMPE), que potencializa o acesso aos pequenos negócios a uma linha de capital de giro.
O superintendente de rede da Caixa Econômica Federal, Izequiel Ferreira, apresentou a linha, que se destina a empreendimentos dos setores de indústria (inclusive agroindustriais), comércio e serviços, de portes distintos. Participaram também da reunião o articulador da unidade de inovação e sustentabilidade do Sebrae, Herbart Melo; o articulador regional do Sebrae, Silvio Moreira; o superintendente executivo de governo da CEF, José Alexandre do Rego; e o gerente de pessoa jurídica de unidade da CEF, Diego Rolim.
Para microempreendedores individuais (MEI), que faturam até R$ 81 mil, o valor financiado é de até R$ 12,5 mil; a taxa de juros de 1,59% ao mês, carência de 9 meses e 24 meses para pagamento. Para microempresas, que faturam até R$ 360 mil, o valor financiado é de até R$ 75 mil, com taxa de juros de 1,39% ao mês, carência de 12 meses e 30 meses para pagamento. Para empresas de pequeno porte, que faturam de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões, o valor financiado é de até R$ 125 mil, a taxa de juros é de 1,19% ao mês, a carência é de 12 meses e 36 meses para pagamento.
De acordo com Izequiel Ferreira, em 15 dias de parceria entre CEF e Sebrae, 1.845 empresas buscaram crédito via FAMPE no Ceará; 506 empresas foram contatadas pela Caixa e 117 operações foram concluídas. Izequiel colocou as 92 agências da CEF em 53 municípios cearenses à disposição para as empresas buscarem informações sobre o crédito e disse que o cadastro pode ser feito completamente online. “É um processo simples, mas muito favorável para as empresas nesse momento”, ressaltou.
Além dessa linha de crédito, outras estão disponíveis aos empresários. O Núcleo de Acesso ao Crédito da FIEC elaborou um comunicado técnico detalhando todas as linhas. O coordenador do Núcleo, Rafael Martins, também participou da reunião tirando dúvidas dos empresários e se colocou à disposição para esclarecer outros pontos.
O presidente do Sindverde, Mark Augusto, agradeceu pelo empenho da federação em apoiar as empresas durante a crise do novo coronavírus levando ao conhecimento de todos informações sempre relevantes e ao Sebrae e CEF pela disponibilidade. O empresário da Frutbiss, Gutemberg Costa, relatou que não demitiu nenhum funcionário desde o início da crise, recorrendo à concessão de férias, entre outras estratégias, mas que a empresa está no limite. “Estou fazendo todo o possível para não demitir ninguém, mas se não vier socorro até 1º de junho, não teremos opção. A situação está muito séria. Não teremos mais como segurar”, conta.
O que é o FAMPE
O fundo concede aval financeiro complementar aos pequenos negócios. Quando um empreendimento não tem todas as garantias necessárias para conseguir um financiamento, é o FAMPE que as complementa.
O FAMPE pode garantir, de forma complementar, até 80% de uma operação de crédito contratada, dependendo do porte empresarial do solicitante e da modalidade de financiamento.
