A empresa australiana Fortescue apresentou, nesta terça-feira (18/07), detalhes da planta de produção de hidrogênio verde que será instalada no Ceará. O momento, realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, contou com a presença do Presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante.
Conduzida por Luis Viga, CEO da Fortescue no Brasil, e Sebastián Delgui, Gerente Regional de Relações Governamentais da Fortescue para a América Latina, a explanação passou por diversos detalhes do projeto, como o fornecimento de energia e a demanda por água.
O cenário de novos investimentos sustentáveis sendo gerados no Ceará foi enaltecido pelo Presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, que destacou o potencial gerador de oportunidades de negócios em diversos setores industriais do estado. Ele ainda ressaltou a importância da primeira apresentação dessa nova planta da Fortescue ser realizada na Federação.
“Nossa função não é só capacitar pessoas. Temos um papel de chamar todos os sindicatos e mostrar o tamanho do trabalho que teremos para entregar e como cada sindicato vai participar nessa construção. Temos cerca de 2,5 gigawatts de energias renováveis instalada no Ceará e só a Fortescue precisará de 6. Precisamos correr com esse processo, mostrar a todos os setores que participam do Sistema FIEC quais as oportunidades que aparecerão para cada um deles”, disse Ricardo.
“A Fortescue está fazendo a primeira apresentação para tirar o EIA-Rima no Ceará e está com uma quantidade enorme de colaboradores no estado. Há mais de 2 anos, a empresa está apostando aqui e hoje é um momento muito feliz para a gente. Dia 2 de agosto eles vão fazer a primeira audiência pública para mostrar todo o projeto, e isso é o primeiro passo para uma multinacional iniciar um trabalho no Ceará”, completou.
Apoio ao setor
A relação de cooperação estabelecida com a FIEC, focando os esforços de impulsão da indústria e do mercado de hidrogênio verde, foi exaltada por Luis Viga. O CEO da Fortescue no país também falou sobre o fator de transformação que o processo de descarbonização dos mercados, passando pelo hidrogênio verde, terá para as economias cearense, brasileira e mundial.
“É algo muito importante e a FIEC é um parceiro muito estratégico através do Presidente Ricardo Cavalcante e dos ex-Presidentes. Essa é a Casa da Indústria e é onde nos sentimos acolhidos. Então passar essas informações para um público qualificado de empresários industriais e poder ter a chance de explicar o que é o projeto de hidrogênio verde é muito importante, até porque isso pode transformar o Ceará, o Nordeste e o Brasil”, atentou Viga.
Momento histórico
Todas essas mudanças impulsionadas pelo hidrogênio verde deverão representar um marco histórico para o desenvolvimento do Estado, segundo Fernando Cirino, ex-Presidente da FIEC. O empresário também destacou o trabalho de cooperação realizado nos últimos anos no Ceará, ressaltando o papel da FIEC durante o processo, para gerar um ambiente de negócios propício para a evolução desse novo mercado.
“Esse é um momento único, porque temos 30 memorandos assinados e se confirmarmos um terço disso já será algo extremamente significativo. A Fortescue é a primeira empresa a avançar nos estudos e projetos de viabilidade e a próxima etapa é partir para o projeto em si e a instalação. A licença demanda um certo tempo pela envergadura, mas esse pode ser o primeiro projeto, de outros que virão para impactar a nossa economia como nunca vimos no Estado”, disse.
A apresentação da Fortescue também contou com a presença de Carlos Prado, 1º Vice-Presidente da FIEC; André Montenegro, Vice-Presidente da FIEC; Roberto Macedo, ex-Presidente da FIEC; Chico Esteves, Diretor Administrativo da FIEC; Dana Nunes, Superintendente do IEL Ceará; Carlos Rubens, Diretor Financeiro Adjunto da FIEC; Jurandir Picanço, Consultor de Energia da FIEC; Constantino Frate, Coordenador do Núcleo de Energia da FIEC; Sérgio Lopes, Superintendente de Relações Institucionais da FIEC; além de Presidentes de sindicatos e convidados.