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Gestores municipais da Macrorregião de Fortaleza discutem com governador ações de combate à Covid-19
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Na última  sexta-feira (19), o Governo do Estado realizou, com o apoio da Aprece, mais uma reunião regional para avaliação dos dados da pandemia e o planejamento das ações de enfrentamento que se fazem necessárias no Ceará. Dessa vez, participaram da reunião online os prefeitos e prefeitas dos 44 municípios que compõem a Macrorregião de Fortaleza.

“Diante da gravidade da pandemia, precisamos estar cada vez mais juntos para apoiar e acolher nossos irmãos e irmãs cearenses, principalmente os que mais precisam”, avaliou o governador Camilo Santana, que abriu e conduziu o encontro, apresentado por ele como uma reunião de trabalho para ouvir os gestores e construir conjuntamente os caminhos enfrentar esse momento desafiador.

Um dos assuntos destacados pelo governador, foi a expansão de leitos em todas as regiões do Estado, diante do aumento exponencial da demanda nessa segunda onda da pandemia. Camilo Santana também falou sobre os esforços na busca de mais vacinas o quanto antes e solicitou dos prefeitos e prefeitas presentes empenho na aplicação das doses recebidas, bem como maior agilidade na alimentação do sistema, de modo a garantir transparência e controle no planejamento das futuras etapas da imunização.

O secretário da Saúde do Estado, Carlos Roberto Martins (Dr. Cabeto), apresentou um panorama geral na atual situação da Covid-19 no Ceará, detalhando taxas de incidência e mortalidade da doença na região, aumento de tempo médio de internação, prospecção da necessidade diária de novos leitos para suprir a demanda atual, entre outras informações relevantes.

Abrindo a fala dos prefeitos, o presidente da Aprece, Júnior Castro, agradeceu todo o esforço e orientações do Governo do Estado, lamentando que isso não aconteça também em nível federal. Ele ressaltou que existem algumas necessidades mais urgentes nos municípios que estão sendo priorizadas em articulação feita pela Aprece diretamente com o governador e equipe. “Precisamos continuar e fortalecer ainda mais as ações conjuntas para que possamos sair dessa situação com o mínimo de consequenciais negativas”, salientou.

Os problemas com o abastecimento de oxigênio nas unidades municipais de saúde foram os relatados com maior intensidade pelos prefeitos presentes na reunião. Dos 184 municípios cearenses, 158 dependem diretamente do abastecimento de oxigênio por cilindro e a maioria dos gestores presentes narrou dificuldade de obtenção das cápsulas, bem como a insuficiência do abastecimento feito pelas empresas fornecedoras diante da crescente demanda.

O prefeito de Caucaia, Vitor Valim, informou que o município conta com uma usina, em pleno funcionamento e totalmente regularizada pela Anvisa, que consegue transformar oxigênio líquido em gasoso e possui capacidade mensal de produzir 300 mil metros cúbicos. “Caucaia só precisa diariamente de 100 mil metros cúbicos. O oxigênio que vem sendo fornecido atualmente só permite mesmo a produção de um terço da capacidade. Podemos criar mecanismos para garantir abastecimento total para a nossa usina, de modo que o oxigênio produzido a mais possa ser distribuído para os municípios que estão mais precisando”, sugeriu, afirmando que a regulação desse processo poderia ser feita pela Sesa. Durante a reunião, foi informado, ainda, que uma usina similar também está pronta para iniciar produção em Tianguá.

Sobre o tema, o governador Camilo Santana lembrou que o problema no Ceará não é a produção de oxigênio, já que o Estado abriga a maior produtora do insumo da América Latina, mas deve-se à falta de infraestrutura logística de envasamento e transporte. Ele informou que essa questão tem sido trabalhada em conjunto com a Aprece. “Desde o final de semana passado, iniciamos uma série de negociações junto à White Martins, pois, até então, apenas uma empresa estava autorizada a distribuir o oxigênio produzido lá. Isso não era suficiente para a demanda. Agora, conseguimos depois do envio de uma série de documentações, que outra empresa também fizesse esse serviço. O oxigênio está sendo comprado e doado pelo Estado aos municípios. São mais três caminhões grandes fazendo o transporte de oxigênio”, explicou Camilo Santana, afirmando ter ciência de que isso ainda não supre toda a carência, mas garantindo que todos os esforços estão sendo feitos para solucionar o problema. Sobre a sugestão da utilização das usinas de Caucaia e Tianguá, Camilo Santana sinalizou positivamente e garantiu que tudo o que estiver ao alcance do Estado para ajudar que possam funcionar de forma efetiva.

A reunião contou, ainda, com a participação da vice-governadora, Izolda Cela, do presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, deputado Evandro Leitão, do prefeito de Fortaleza, José Sarto, e do secretário da Casa Civil, Chagas Vieira.

 

 

Por Coordenadoria de Comunicação e Marketing (COMAK/Aprece)

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