Em entrevista exclusiva ao Programa do Rubão, direto da Assembleia Legislativa do Ceará, o deputado estadual Heitor Férrer avaliou os impactos da federação entre União Brasil e Progressistas, oficializada nacionalmente nesta semana. Segundo ele, embora a decisão parta das cúpulas partidárias — como Antônio Rueda (União) e Ciro Nogueira (PP) — as consequências chegarão com força também ao cenário político do Ceará.

“O que se vê é que, nacionalmente, essa federação vai formar a maior bancada do Congresso Nacional, o que certamente vai aumentar seu poder de articulação com o Governo Federal. Aqui no Estado, porém, o desafio é outro: o União é oposição, o PP é base. Como isso será digerido? Eis o grande nó”, afirmou o deputado.

Férrer criticou a falta de sensibilidade com os contextos regionais: “Quando se faz política de cima para baixo, ignorando as realidades locais, cria-se essa salada ideológica. Por isso eu defendo a isenção. O Parlamento não deve ser nem oposição odienta que vê defeito em tudo, nem situação apaixonada que fecha os olhos para os erros.”

Questionado sobre a possível estratégia da federação para 2026, com Roberto Cláudio como nome ao Governo do Estado e o Capitão Wagner concorrendo à Câmara Federal, Heitor reconheceu a força do ex-prefeito de Fortaleza: “O Roberto Cláudio tem um lastro extraordinário. Foi um grande gestor, e esse certificado dá a ele condição de disputar qualquer cargo executivo. Agora, com essa fusão, ele já sai muito fortalecido.”

Sobre Wagner, Férrer foi direto: “Após duas candidaturas frustradas, talvez ele veja na disputa à Câmara Federal uma chance de retomar seu espaço com mais viabilidade.”