Os integrantes da Comissão Especial do Hidrogênio Verde, presidida pelo senador Cid Gomes (PDT-CE), aprovaram nesta quarta-feira (19/04) o plano de trabalho para 2023. A primeira audiência pública acontece na próxima quarta-feira (26/04), em Brasília, e terá como tema “O hidrogênio verde e o seu papel na descarbonização das economias globais”.
O encontro contará com a presença dos representantes dos ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia, além dos representantes das embaixadas da Alemanha, China, Estados Unidos, Arábia Saudita, Reino Unido, Holanda, Canadá, Coréia e Chile, país da américa latina mais avançado na discussão sobre hidrogênio verde. Serão realizadas ainda outras seis audiências públicas no Senado e cinco nas diversas regiões brasileiras, sendo a primeira delas no dia 19 de maio, em Pernambuco.
De acordo com o senador Cid Gomes, a ideia é ouvir especialistas, representantes de órgãos governamentais, investidores e todos os interessados na questão. “O sentido dessa Comissão é dar transparência, dar abertura, ouvir. Esse é um assunto muito novo, por mais que nós tenhamos nos dedicado a estudar, teremos sempre muito a aprender sobre um setor que é novo no mundo inteiro. Hidrogênio é a molécula mais simples que existe, mas transformada em combustível em grande escala, isso é um assunto absolutamente novo para o mundo inteiro”, ressaltou.
Na avaliação do senador, o Brasil e o mundo estão diante de uma oportunidade de ter uma alternativa aos combustíveis fósseis e, portanto, uma possibilidade de descarbonização da economia, ajudando a reduzir o efeito estufa. Para isso, ele acredita que é preciso regulamentar o tema. “O Brasil precisa amadurecer uma legislação, uma regulação que dê segurança e possibilite que a iniciativa privada possa fazer os investimentos”, defendeu.
Sugestões
Durante a reunião de hoje, os senadores Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), Fernando Dueire (MDB-PE) e Luis Carlos Heize (PP-RS) apresentaram sugestões para aperfeiçoar o plano de trabalho, pedindo a inclusão de setores como o Conselho Federal de Química, além de representantes dos setores de biomassa e biogás. As sugestões foram acatadas e aprovadas junto com o plano.