Em coletiva realizada na manhã desta quinta-feira, 10, o secretário de Saúde do Ceará, Dr. Cabeto e a secretária-executiva de Vigilância e Regulação do Ceará, Magda Almeida, destacaram que o quadro epidemiológico do novo coronavírus no Ceará continua estável, mesmo com a reabertura econômica e o retorno das atividades. Os gestores afirmaram que a positividade de casos nos centros de testagem também tem sido baixa, e que a circulação viral está abaixo de 1%.
“A nossa realidade é que em nenhuma região do Estado há acréscimo do número de casos, nem do número de óbitos, mesmo com o aumento da testagem, com cerca de 13 mil exames por dia. O que temos hoje no Ceará é uma realidade epidemiológica bem clara de redução dos casos e mortes semanalmente”, explicou o secretário.
De acordo com a Secretaria da Saúde (Sesa), a média móvel que era de 14 óbitos por dia entre 27 de agosto e 2 de setembro caiu para nove, na semana entre 3 e 9 de setembro.
Magda afirmou que em muitos casos, a confirmação da Covid-19 acontece posteriormente ao óbito e que por isso os dados são atualizados depois, podendo ocorrer mudanças. O registro considera a data do óbito e não do exame.
O Estado tem garantido a testagem para grupos específicos com a retomada das atividades e, conforme o secretário, a previsão é que nos próximos dias seja ampliada essa testagem. Com a liberação do ensino infantil nas escolas privadas, por exemplo, foram disponibilizados 6 mil testes pelo Governo, e apenas 13 colaboradores foram diagnosticados com Covid-19.
Conforme Dr. Cabeto o monitoramento também tem sido realizado e as decisões de retomada das atividades estão sendo tomadas de acordo com a análise dos dados. “Nós analisamos diariamente não só os dados epidemiológicos, mas também os assistenciais. A cada fim de semana fazemos uma análise da compilação desses dados e tomamos decisão do que será acordado em Decreto. E desde a semana 21 a gente não tem grande variação”, informou.
Sobre a retomada das atividades do setor de eventos, o gestor ponderou que serão avaliados no decorrer das primeiras semanas o cenário, para então decidir se permanece ou amplia a flexibilização das atividades. “A partir da retomada, a gente passa a observar os próximos 14 dias para entender se a ampliação dessas atividades provoca o aumento da doença em populações específicas”, afirmou o gestor.
Questionados sobre o aumento da média móvel do número de óbitos no Estado, divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa, os gestores explicaram que na verdade houve uma divergência por conta da metodologia utilizada, uma vez que eles consideram o número de óbitos pelo dia do resultado do exame, e não pela ocorrência.
O cálculo do consórcio considera a média de casos e número de mortes dos últimos 7 dias, a variação desses dados nos últimos 14 dias. Caso a variação tenha o percentual de até 15%, o consórcio classifica como estável. Se for superior a 15% positivos, considera em crescimento. Se for mais de 15% negativos, está em queda.