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Meu Celular: 2.700 celulares foram recuperados pelas Forças de Segurança desde o início do programa
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Nesta segunda-feira (12), mais cearenses compareceram à sede da Polícia Civil do Ceará, no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), em Fortaleza, para buscarem os celulares recuperados por meio do Programa Meu Celular, do Governo Ceará. Na oportunidade, o governador Elmano de Freitas apresentou um balanço do programa, que foi lançado em abril deste ano.

De acordo com o governador, 2.700 foram recuperados até o momento, com 2.230 já entregues aos proprietários. Aproximadamente 500 celulares estão na remessa que começa a ser entregue a partir desta segunda-feira. “Agradecimentos às Forças de Segurança do Estado, ao Poder Judiciário, que nos permitem entregar o celular ao verdadeiro dono ou dona. É impagável ver a alegria das pessoas recebendo seu celular de volta. São trabalhadores e trabalhadoras que muitas vezes ainda estão pagando seu celular, que tiveram celular levado, e vão poder receber de volta”, afirmou Elmano de Freitas.

Um deles é o soldador caldereiro José Tupinambá Martins, de 59 anos, que teve o celular furtado em 2021. “Na lotação do ônibus, quando eu botei a mão no bolso, não senti mais o celular. Eu nunca pensei que o celular fosse recuperado, porque eu não ouvia falar disso. Quando recebi a ligação da escrivã, eu disse: ‘eita, Terezinha [esposa de Tupinambá], a Polícia Civil ligou para mim dizendo que recuperou o meu celular’, e hoje vim buscar”, comemora Tupinambá.

Na entrega, também estiveram presentes o secretário da Segurança Pública e Defesa Social, Roberto Sá, o delegado-geral da Polícia Civil, Márcio Gutiérrez, entre outras autoridades.

O Meu Celular, programa desenvolvido pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), tem o objetivo de auxiliar as Forças de Segurança do Ceará na recuperação de celulares ou tablets roubados, furtados ou perdidos. A iniciativa engloba uma plataforma e operações da Polícia Civil do Ceará (PCCE).

A Polícia Civil tem buscado identificar os proprietários de aparelhos recuperados em operações, a partir das investigações realizadas pelo setor de Inteligência que atuou, cruzando informações fornecidas pelas as operadoras telefônicas e os Boletins de Ocorrência (BOs). No Interior, os celulares recuperados estão sendo entregues nas delegacias.

O autônomo Marcos Aurélio Sousa Martins, 56, teve o celular levado por criminosos em 2023. No mesmo dia do assalto, Marcos registrou o BO e, em 2024, fez o cadastro na plataforma Meu Celular. No último sábado (10), ele recebeu o convite da Polícia Civil para buscar o celular que foi recuperado. “Não acreditei muito porque é muito difícil recuperar celular, principalmente porque já faz um tempo. Mas, quando me ligaram, eu fiquei esperançoso, tanto que hoje cheguei aqui bem cedo, naquela ansiedade”, conta.

Os aparelhos foram apreendidos pela PCCE em diversas ações, inclusive com suspeitos presos por outros crimes. A partir dessas apreensões, uma triagem foi feita no Sistema de Informação Policial (SIP) em procedimentos que tinham Termo de Restituição de Celular para os proprietários.

O titular da SSPDS, Roberto Sá, destacou a importância do programa para combater esse tipo de crime no estado, desarticulando redes criminosas e evitando que as pessoas comprem aparelhos furtados/roubados. “A orientação que fica é que as pessoas desconfiem muito quando um bem como o celular for oferecido com preço muito abaixo do preço de mercado”, pontuou.

O delegado-geral da PCCE falou sobre os resultados. “Além da gente combater a rede de receptação, combatemos o roubo e o furto, desestimulando esse tipo de crime. Depois do início do programa, em abril, nós tivemos redução por volta de 11% e 12%, no geral, desses crimes no estado. Em alguns recortes, tivemos redução em grandes eventos de 50% de roubos e furtos de celulares”, explicou Márcio Gutiérrez.

O celular da enfermeira Alzira Maria Ferro Bezerra, 65, foi roubado ano passado. Ela conta que no dia do ocorrido recebeu todo o apoio da Polícia Civil. Nesta segunda, Alzira volta para casa com o celular na caixa que ela fez questão de guardar. “Quando recebi a ligação do inspetor no sábado, achei que era pegadinha. Liguei para minha filha, para uma amiga, e checamos se era verdade mesmo. Na época, a Polícia Civil ficou comigo e me deu toda a assistência até meu marido, que bateu o carro no caminho, chegar”, detalha a enfermeira.

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