A senadora Augusta Brito (PT/CE), realizou, nesta quarta-feira (29), na Comissão de Direitos Humanos do Senado, a audiência pública para discutir a “Violência Política contra a Mulher e o papel do Poder Legislativo em ações concretas de proteção”.
Durante o debate, a senadora ressaltou a importância de ampliar nos estados brasileiros, a participação política feminina como forma de incentivar a paridade de gênero na política e colocar as mulheres no centro das discussões: “Nessa audiência a gente debateu um assunto que não é só de mulher, não é um assunto só nosso, é um assunto da sociedade como um todo. Já temos várias ideias e propostas para conversar, levar para os municípios, atuar junto ao Senado e levar para a Câmara Federal para que essas políticas cheguem a essas mulheres, a sociedade como um todo, vamos estar atentos para cobrar, colaborar para que possamos fazer a diferença”, ressaltou.
Dados da ONU Mulheres mostram que 82% das mulheres em espaços políticos já sofreram violência psicológica, 45% já sofreram ameaças, 25% sofreram violência física no espaço parlamentar, 20% sofreram assédio sexual e 40% das mulheres afirmaram que a violência atrapalhou sua agenda legislativa.
O debate contou com a presença da Secretária Nacional de enfrentamento à Violência Contra as Mulheres do Ministério das Mulheres, Denise Dau, que afirmou o compromisso da pasta em combater a violência doméstica e familiar. “A nossa ministra, Cida Gonçalves, está muito empenhada e disse que vai fazer uma marcha pelo Brasil combatendo a misoginia e o ódio. Essa violência começa com o sofrimento mental e termina com a morte de mulheres. A violência tem marcado a vida de milhares de mulheres no Brasil, isso quando elas sobrevivem, quando elas participam da vida pública efetivamente, ainda têm que enfrentar a violência política de gênero e raça. 45% das mulheres que sofreram essa violência ficaram caladas”.
A audiência contou também com a participação da representante da Procuradoria da Mulher no Senado, Karem Vilarins, da Procuradora da Mulher na Câmara dos Deputados, Maria Rosas, a Procuradora da Mulher na Assembléia Legislativa do Ceará, Lia Gomes, a Diretora geral do Senado, Ilana Trombka e a representante do Comitê Permanente pela Promoção da Igualdade de Gênero e Raça e Programa Pró Equidade do Senado, Gabrielle Tatith, representantes do Observatório da Mulher Contra a Violência do Senado, Maria Teresa Prado e Eleonora Viggiano, da Integrante do Observatório Nacional da Mulher na Política da Câmara dos Deputados e uma das autoras do livro: “O que é Violência Política Contra a Mulher?”, Iara Cordeiro.
Também estiveram presentes deputadas cearenses, Lia Gomes, Juliana Lucena e Larissa Gaspar, e Procuradoras da Mulher de municípios cearenses, como vereadoras, prefeitas e vice-prefeitas.