A apresentação da Paixão de Cristo 2023, realizada pela Prefeitura de Eusébio, através da Secretaria de Cultura e Turismo, o maior espetáculo a céu aberto do Ceará, com 1.500 participantes, além de movimentar toda a cidade, abriu suas portas para a inclusão, com a participação de 18 pessoas com deficiência, que abrilhantaram o espetáculo e mostraram que com oportunidade eles podem se integrar a sociedade.
A bandeira levantada pelo prefeito Acilon Gonçalves e pela primeira-dama e deputada estadual Marta Gonçalves, contou com a participação efetiva do Núcleo Municipal de Apoio aos Munícipes com Necessidades Especiais (NAMME), da UEPA e da Sala de Inclusão. “Fiquei muito orgulhosa em ver esse trabalho, que iniciamos há mais de 20 anos, aqui no Eusébio, mostrar seus frutos para o grande público. Temos alunos inclusive na universidade e isso é resultado de um trabalho de estimulação e de integração das famílias”, disse a primeira-dama e deputada Marta Gonçalves.
O prefeito Acilon Gonçalves destaca que foi um momento de grande emoção ver todos os eusebienses participando de alguma forma do espetáculo. “Temos cidadãos de todos os bairros no elenco e na produção. E as pessoas com deficiência mostraram que o céu é o limite para elas, e como a primeira-dama sempre diz, oportunidades podem salvar vidas. É algo que toca meu coração ver essas pessoas se desenvolverem e se integrarem à sociedade”.
Para a diretora do NAMME, Elieuda do Vale, esse é o maior projeto de inclusão do Ceará. “Eles se envolvem, fazem amizade, exercitam cidadania, estão de igual para igual. E temos a questão da equidade, as coisas que eles têm dificuldades são facilitadas para que aconteça a inclusão deles na peça. Para nós que atuamos no NAMME, é um dos maiores projetos de inclusão no município, o que realiza a inclusão de fato. Eles participam dos ensaios e até da confecção dos figurinos. No ano passado foram 8 participantes e neste ano 18. O importante é que eles estavam lá sentindo a integração verdadeira com os demais participantes”, disse.
Participaram do espetáculo as seguintes pessoas com deficiência: Cícero, soldado de Paulo de Tarso (autista); Daniel Lima, soldado de Herodes (surdo); Rafael Bezerra, soldado de Herodes (deficiente Intelectual); Francisco Adriano, soldado de Herodes (surdo); Francisco Alexandre, soldado de Herodes (surdo); Antônio Marcos, soldado de Herodes (Deficiência Intelectual); Felipe, soldado de Herodes (surdo).
E ainda: Mirella, dançarina de Herodes (deficiência intelectual); Daniele Bezerra, dançarina de Herodes (surda); Ana Vitória, dançarina de Herodes (deficiência intelectual); Artur, multidão (deficiência intelectual); Pedro Isaac, multidão (deficiência intelectual); Francisco de Assis, multidão (baixa visão e deficiência intelectual); Jefferson Miranda, arcanjo (trissomia 21/síndrome de Down); Reginaldo, anjinho (trissomia 21/síndrome de Down) e Gleidson (Kaká), milagres (deficiência física).
O espetáculo contou com tradutores de libras ao vivo que traduziram todo o espetáculo. Sala especial para pessoas autistas, com abafadores de som e luzes levemente acesas.