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Pesquisa aponta estabilidade na Taxa de Endividamento no Início do Ano   
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A primeira Pesquisa de Endividamento do Consumidor de Fortaleza de 2024 mostra que a taxa de endividados se manteve estável em comparação ao final do ano passado. Referente ao mês de janeiro deste ano, o levantamento revela que 70,8% dos residentes da Capital estão atualmente endividados, mesmo percentual identificado em dezembro de 2023, refletindo a estabilidade no índice de endividamento no início do ano.  

Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a pesquisa aponta redução de 5,0 pontos percentuais, com o índice passando de 75,8%, em janeiro de 2023, para os atuais 70,8%. 

Quanto aos consumidores com contas pendentes ou dívidas em atraso, houve diminuição de 0,4 pontos percentuais, passando de 20,6%, no último mês, para 20,2% em janeiro – o melhor resultado desde março de 2020 (19,8%). A taxa de atraso se mostrou equilibrada na distribuição entre os sexos dos consumidores, mas mais elevada no grupo com idade entre 25 e 34 anos (24,2%) e para as famílias com renda mensal acima de dez salários-mínimos (35,8%). 

O tempo médio de atraso é de 77 dias e a principal justificativa para o não pagamento das dívidas é o desequilíbrio financeiro, citado por 61,9% dos entrevistados. O segundo motivo mais mencionado é a necessidade de se adiar o pagamento, para uso dos recursos em outras finalidades, com 39,4% das respostas, seguido da contestação das obrigações (5,6%) e a perda de prazo por esquecimento (5,2%).  

Comprometimento da renda 

Em Fortaleza, os consumidores destinam, em média, 43,8% da renda familiar para pagar dívidas, com aumento de 0,3 pontos percentuais na taxa de comprometimento em comparação ao último mês de dezembro (43,5%). O índice é exatamente o mesmo verificado em janeiro de 2023, entretanto observa-se uma tendência de crescimento no último semestre. 

O endividamento médio é de R$ 1.799 com prazo médio de oito meses para o seu vencimento total. Os instrumentos de crédito mais utilizados pelos consumidores são: cartões de crédito, citados por 74,5% dos entrevistados; financiamento bancário (veículos, imóveis etc.), com 17,5%; empréstimos pessoais, com 10,6% e carnês e crediários, com 5,3%.   

Os resultados da pesquisa revelam que são os gastos correntes que predominantemente contribuem para o endividamento, destacando-se aquisição de alimentos a prazo, mencionada por 51,5% dos entrevistados. Além disso, observa-se o comprometimento financeiro com o pagamento de aluguel residencial (16,0%), a cobertura de despesas relacionadas a saúde (12,6%) e a educação (11,2%). 

Inadimplência potencial  

A taxa de inadimplência potencial, que indica a proporção de consumidores que enfrentarão dificuldades financeiras para cumprir suas obrigações, foi de 9,0% na atual edição da pesquisa, com aumento de 0,4 pontos percentuais em comparação com o mês de dezembro (8,6%), mas inferior ao observado em janeiro de 2023, de 10,1%. 

O perfil do consumidor em situação de inadimplência revela uma predominância no sexo feminino, com uma taxa de inadimplência potencial de 9,6%. Além disso, destaca-se o grupo etário com idade acima dos 35 anos, com um índice de 9,6%, e o estrato de renda familiar mensal inferior a cinco salários-mínimos, que apresenta uma taxa de 9,1%. 

Orçamento familiar 

A pesquisa ainda revela que 79,3% dos consumidores de Fortaleza afirmam fazer orçamento mensal e acompanhamento eficaz dos seus gastos e rendimentos, o que contribui para um melhor controle dos níveis de endividamento. Dos entrevistados, 10,8% relataram que fazem orçamento dos rendimentos, mas sem controle eficaz dos gastos, e 9,9% informaram não possuir orçamento e tampouco controle dos gastos. 

A falta de planejamento orçamentário é um problema crítico para o controle do endividamento, estando sempre entre um dos principais motivos para o atraso ou inadimplência. Dos fatores que os consumidores consideram que mais contribuem para a problemática do endividamento, listam-se:  

  • A falta de orçamento e controle dos gastos, com 48,8% das respostas; 
  • Gastos imprevistos, com 26,1%; 
  • O aumento dos gastos considerados essenciais, com 22,5%; 
  • As compras por impulso, sem necessidade ou além do necessário, com 19,4%. 
  • Redução dos rendimentos, com 17,5%; e 
  • Desemprego, com 16,2%. 

Ano inicia com alta na Confiança  

do Consumidor de Fortaleza  

Pesquisa da Fecomércio aponta melhoria no índice de confiança com impacto positivo para a economia local  

O consumidor de Fortaleza inicia 2024 mais confiante. É o que mostra a pesquisa realizada pela Fecomércio-CE, por meio do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC). Segundo o levantamento, o Índice de Confiança do Consumidor de Fortaleza (ICC) atingiu a marca de 121,7 pontos em janeiro, registrando crescimento de 0,7% com relação ao último mês de dezembro (120,8 pontos). A melhoria da confiança do consumidor tem sido acompanhada do aumento da intenção de compra mensal, afetando positivamente a economia local. 

A melhoria do ICC decorreu das variações dos seus dois componentes, sendo que o Índice de Situação Presente (ISP), caiu 1,5%, passando de 115,2 pontos em dezembro, para 113,5 pontos em janeiro.  Já o Índice das Expectativas Futura (IEF), que passou de 124,5 pontos no último mês para 127,2 pontos em janeiro, teve aumento de 2,1%, como pode ser visto na tabela 1 a seguir: 

Tabela 1 – ICC, Síntese dos resultados 

ÍndiceValor mensal – em pontosMédia do trimestre
NovDezJan 
Índice de Confiança do Consumidor – ICC 118,3 120,8 121,7 120,3 
Índice de Situação Presente – ISP 110,0 115,2 113,5 112,9 
Índice das Expectativas Futura – IEF 123,8 124,5 127,2 125,2 

Fonte: Pesquisa Direta IPDC 

Expectativa dos consumidores 

Em janeiro, mais da metade dos consumidores (54,9%) avaliou o período como propício para a aquisição de bens duráveis. O perfil dos consumidores com maior disposição de ir às compras destaca-se pelo predomínio do grupo masculino, com 59,2% das respostas afirmativas, do grupo de consumidores com idade entre 18 e 24 anos (63,5%) e com renda familiar mensal entre cinco e dez salários-mínimos (68,2%). 

O estudo também mostra que 73,5% dos consumidores de Fortaleza consideram que sua situação financeira atual está melhor ou muito melhor do que há um ano. Já as expectativas com o futuro se mostram mais otimistas, com 84,4% dos entrevistados acreditando que sua situação financeira futura será melhor ou muito melhor do que a atual. 

Sobre a percepção do ambiente econômico nacional, 66,5% dos consumidores entrevistados acreditam em melhoria no cenário nos próximos doze meses, o que sugere confiança na economia brasileira. Os consumidores acreditam que a economia do País está se recuperando e que terá um desempenho melhor ao longo do ano.  

Pretensão de compra 

A taxa de intenção de compra aumentou 1,5 pontos percentuais em janeiro, passando de 48,2%, em dezembro, para 49,7% na medição atual. O índice mostra crescimento expressivo de 17,6 pontos percentuais sobre o resultado de janeiro de 2023, quando foi registrado em 32,1%. 

A taxa de pretensão de compra se concentra nos consumidores do sexo masculino (52,3%), no estrato com idade entre 25 e 34 anos (62,9%) e renda familiar mensal entre cinco e dez salários-mínimos (64,8%). 

O valor médio das compras é calculado em R$ 597,09 e a lista dos itens mais procurados se divide entre bens de consumo duráveis e semiduráveis:   

  1. Artigos de vestuário, citados por 40,0% dos entrevistados; 
  2. Calçados (28,2%); 
  3. Televisores (18,5%); 
  4. Geladeiras e refrigeradores (14,9%); 
  5. Móveis e artigos de decoração (13,3%); 
  6. Aparelhos de telefonia celular e smartphones (10,0%); 
  7. Fogões (9,4%); e 
  8. Máquina de lava roupa (8,7%). 
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