A Aprece promoveu, na tarde da última quinta-feira (8), mais uma edição da Quinta com Debate, em seu canal no Youtube. A Live desta semana tratou das ferramentas de gestão da apicultura para regularidade e sanidade dos serviços. Durante o debate, foram feitas explanações sobre os principais aspectos de sanidade apícola, riscos da introdução de alguns patógenos e pragas nos apiários, destacando a seriedade do cadastro e transporte legal de abelhas (GTA) como medidas pra evitar a ocorrência de doenças de notificação obrigatória no Ceará. Também foi debatido o cadastro no Sistema de Registro no Serviço de Inspeção Estadual (SIE), de acordo com as exigências estabelecidas no Decreto 33.472 de 17/02/2020 e na Lei 17.1172 de 09/01/2020, e sobre a adesão ao Registro no Sistema Brasileiro de Inspeção (SISBI).
Esta Quinta com Debate contou com a participação do analista em Desenvolvimento Rural, Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Aprece, Daniel Camurça; do médico veterinário e coordenador do Programa Estadual de Sanidade Apícola, David Caldas Vasconcelos; a também da médica veterinária e coordenadora do Serviço de Inspeção Estadual (SIE), Glaycione Costa Rodrigues; e do coordenador de Geoinformação e coordenador da Rota do Mel (MDR), Samuel Menezes.
Davi Caldas foi o primeiro palestrante a fazer sua apresentação, que tratou sobre os aspectos gerais de sanidade apícola. “O assunto é muito importante, e, ao longo do tempo, vem ganhando mais destaque. Mas, ainda existe uma carência muito grande de conhecimento sobre a sanidade das abelhas por parte da população e principalmente por parte dos técnicos”, enfatizou. O médico sanitarista teve sua palestra focada na apicultura no estado do Ceará, que se caracteriza principalmente pela produção de mel das abelhas africanizadas.
A coordenadora do Serviço de Inspeção Estadual (SIE), Glaycione Costa Rodrigues, apresentou a importância do registro dos estabelecimentos que comercializam mel no SIE. Ela também apresentou as citações de fraudes; os caminhos de adesão ao SISBI; e algumas resoluções para situações que geram problemas de registro no SIE. Segundo Glaycione, o função do SIE é vistoriar, fiscalizar e controlar os aspectos higiênicos sanitários dos produtos, bem como cadastrar e credenciar esses estabelecimentos.
Ela informou que a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri), órgão vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), está realizando a campanha “Registre sua Agroindústria no SIE”. O objetivo é solicitar e incentivar àquelas empresas que ainda estão atuando de forma anônima, a fazerem seu registro no sistema, e, com isso, atuarem em conformidade com a lei, agregando confiabilidade ao seu produto por meio do selo de garantia. “O registro fará com que a empresa amplie o fornecimento para novos mercados, inclusive para os programas sociais que só compram alimentos inspecionados, e até ter acesso às facilidades das linhas de crédito”, concluiu.
Segundo Samuel Menezes, coordenador da Rota do Mel, os pequenos apicultores e meliponicultores que queiram começar a ter renda a partir dessas atividades precisam, além de capacitação contínua, fazer o registro de cadastro na Adagri e procurar associações e/ou cooperativas, para que tenham apoio e acompanhamento técnico, resultando em uma boa qualificação do manejo, agregando assim, valor e certificação ao produto.
Samuel reforçou que a Rota do Mel tem o papel fundamental de unir instituições tanto privadas como públicas em prol do apicultor. Informou, ainda, que o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) criou uma plataforma para reunir os membros da Rota do Mel do Estado do Ceará e passar todas as informações pertinentes à sanidade apícola e registro de cadastro.
