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SESI Ceará apoia campanha de prevenção da doença crônica renal
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A doença renal crônica (DRC) é a perda lenta e progressiva da função dos rins. Ela é considerada um grave problema de saúde pública no mundo todo. Para alertar os trabalhadores da indústria e a sociedade sobre sua prevenção e outras informações, a Fundação do Rim do Ceará preparou, com o apoio do SESI Ceará e da FIEC, uma série com cinco vídeos sobre essa doença silenciosa que pode causar grandes transtornos. Eles serão publicados nas redes sociais da Fundação e do SESI e enviados para empresas veicularem em seus refeitórios e CIPAS.

As principais causas da DRC são hipertensão e diabetes. Ela possui 5 estágios evolutivos e, no último, os rins entram em falência sendo necessário iniciar uma das modalidades de terapia renal substitutiva, ou seja, diálise peritoneal, hemodiálise ou transplante renal. O tratamento da DRC é de alto custo para os sistemas de saúde e para as famílias. Estima-se que aproximadamente 10% da população mundial tenha a DRC em algum dos seus estágios. No Brasil, em 2020, havia 144.779 pessoas em diálise. No Ceará, 4.963; e em Fortaleza, 2.181.

De acordo com o médico nefrologista, Paulo Rossas Mota, a Doença Renal Crônica (DRC) é um importante problema Global de Saúde Pública a ser enfrentado neste século. Pelo seu crescimento exponencial das últimas décadas, vem sendo encarado como uma “epidemia” dentro do grupo das doenças crônicas não transmissíveis.

“Uma em cada dez pessoas do nosso planeta tem esta doença. O número de portadores tende aumentar na mesma proporção que aumentam os casos de obesidade, diabetes, hipertensão arterial e a expectativa de vida da nossa população. O cenário é ainda mais alarmante, se considerarmos o fato de que a DRC aumenta em até 20 vezes o risco de doença cardiovascular”, pontua o especialista.

Para Mota, é assustador, também, o fato de que existem hoje no Brasil cerca de 12 milhões de pacientes com algum grau de disfunção renal, sendo que, não só a população geral, mas 70% dos portadores desconhecem ter a doença, por ser ela de evolução silenciosa ou por mera falta de informação. “Deste total de portadores, mais de 140 mil no Brasil e cerca de 5 mil no Ceará já se encontram nas fases mais avançadas da doença, submetendo-se a Terapia Renal Substitutiva (hemodiálise e dialise peritoneal) e 25 mil em lista de espera por um transplante renal. O custo estimado de tratamento dessa doença é de 12 bilhões de reais por ano no Brasil”, revela.

A Fundação do Rim, organização social privada sem fins lucrativo, assume um protagonismo no combate a esse grave problema por meio de ações que visam a prevenção da doença e a reinserção social dos pacientes que se encontram nos estágios avançados. “Tamanho desafio só seria possível através da realização de parcerias com instituições sérias como o SESI, que tem no seu escopo de ações várias convergências com os propósitos da nossa Fundação, quer seja, na promoção da Saúde e da Educação, intervenções indispensáveis ao nosso nossa propósito de, através da superação, criar pontes para que os pacientes renais crônicos encontrem um lugar digno na sociedade”, declara.

O médico também menciona que nesse trágico período de pandemia, a Fundação foi beneficiada por das inúmeras ações da FIEC, por meio do dinâmico presidente Ricardo Cavalcante, que promoveu a concessão de cestas básicas para pacientes e kits de higiene e proteção à Covid que foram distribuídos para pacientes em situação de vulnerabilidade social.

Saúde

As práticas recomendadas para evitar DRC incluem:
• Praticar exercícios físicos regulares;
• Evitar o excesso de sal, carne vermelha e gorduras;
• Controle de peso corporal;
• Controle da pressão arterial;
• Controle do colesterol e da glicose;
• Não fumar;
• Não abusar de bebida alcoólica;
• Evitar o uso de anti-inflamatórios não hormonais;
• Ter cuidado com quadros de desidratação;
• Realizar, uma vez por ano, exames laboratoriais para avaliar a saúde dos rins: dosagem de creatinina no sangue e análise de urina
• Consultar regularmente seu clínico;
• Não fazer uso de medicamentos sem prescrição médica.
Recomenda-se que pessoas com mais de 40 anos façam anualmente uma consulta com um médico nefrologista e façam os exames de dosagem da creatinina no sangue e o exame de urina.

Pacientes idosos, portadores de doença cardiovascular e pacientes com história de doença renal em familiares têm grande potencial para desenvolver lesão renal e devem ser investigados com triagem de exames de urina e dosagem de creatinina no sangue.
Para pacientes com diabetes, pressão alta, história familiar de problemas renais, pedra nos rins, história de nefrites ou infecção na infância recomenda-se consulta e seguimento do tratamento com um médico nefrologista.

Fontes: Sociedade Brasileira de Nefrologia; Ministério da Saúde; Secretaria de Saúde de Fortaleza.

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