No último dia do III Congresso de Educação, o salão do Centro de Eventos do Ceará foi tomado por palestras sobre o uso de novas tecnologias na educação e inclusão de alunos e professores. O evento, realizado pelo Sistema Fecomércio, por meio do Sesc e Senac, reuniu ao longo de três dias todo corpo de professores e coordenadores pedagógicos das instituições em formações.
Com grandes desafios diante da retomada gradativa da educação na pós-pandemia, o foco do congresso foi o aperfeiçoamento dos docentes e suas metodologias inovadoras em sala de aula, lado a lado com realidades como algoritmos, hiperconectividade, internet, robótica e a velocidade digital atravessando todas elas.
“A educação profissional tem o privilégio de transitar entre o mundo do trabalho e a sala de aula. Justamente esse mundo descobriu uma imensidade de recursos tecnológicos que conferiu eficiência, resultados e nos fez aprender a trabalhar de outra forma. A escola deve refletir isso. Nós só sabemos o que a educação não pode voltar a ser. O que ela será no futuro, isso nós não sabemos”, refletiu o diretor de Educação Profissional do Senac Ceará, Gustavo Guimarães.
Enquanto isso, no palco principal e de forma simultânea, o público acompanhava as palestras “Tecnologia Assistiva e Inclusão na Prática” e “Formação Docente em Robótica Educacional e Mediações Tecnológicas: Reflexões e Avanços”, conduzidas pelo físico Gildário Lima, professor e pesquisador das áreas de neurociência e robótica aplicada à educação.
“Temos que mostrar ao professor a revolução tecnológica intangível, criativa, que já está acontecendo, e como ele pode trazer isso para dentro da sala de aula. A criatividade é algo natural e isso deve ser mostrado. Às vezes, o foco está sobre a tecnologia ferramental e o que precisamos, hoje, é uma performance tecnológica e isso deve nascer na sala de aula”.
Nesta sexta-feira (10), o evento seguiu com salas de workshops, mesas-redondas e apresentações artísticas.
Daniele Assis, professora de gastronomia do Senac em Sobral, falou com entusiasmo sobre os três dias de encontro. “Foram momentos de muita troca e experiências bacanas. Nós conseguimos absorver várias possibilidades que podemos levar para sala de aula, desde a inclusão dos alunos com diferentes necessidades, de mobilidade ou mesmo cognitivas, até à inclusão tecnológica. Precisamos de tudo isso e muitas coisas já fazem parte do nosso dia a dia. Na sala de aula essas realidades estão cada vez mais pertinentes. O balanço do congresso é este: foi maravilhoso”, comemorou a professora.