Representada por seu vice-presidente, Joacy Júnior, prefeito de Jaguaribara, a Aprece participou, na manhã da última quarta-feira (28), de uma reunião com o reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Cândido Albuquerque, para discutir sobre possível Termo de Cooperação em favor da inclusão digital nas escolas cearenses, por meio de equipamentos apreendidos pela Receita Federal.
A iniciativa nasceu a partir do projeto de extensão desenvolvido na Faculdade de Educação (FACED) da UFC que transforma receptores de TV Box ilegais em minicomputadores para uso escolar. Durante a reunião, o Professor Alex Sandro Sant’Ana apresentou o projeto de extensão Tecnopolítica Educativa: Experimentação de Novos Modos de Ensinar e Aprender com as Tecnologias Digitais, desenvolvido a partir de receptores de TV Box irregulares apreendidos pela Receita Federal.
Utilizando o sistema operacional Linux, os minicomputadores do projeto têm capacidade de armazenamento de até 8 gigabytes, entradas USBs e conexão de Internet via wi-fi. “É possível rodar jogos educativos, editores de textos e planilhas, e navegador de Internet”, enumerou o professor. De acordo com Alex, depois de transformar em miniPCs, as escolas podem utilizar teclados e monitores [em bom estado] em desuso e viabilizar laboratórios de informática e trabalhar diversos temas interdisciplinares, viabilizando mais conhecimento e oportunidades para os alunos.
A reunião contou, ainda, com a participação da analista em Educação da Aprece, Vládia Cosmos, e do assessor jurídico da entidade, Linconl Diniz. Ambos participarão de uma reunião de trabalho, na próxima semana, para detalhar mais informações técnicas e iniciar uma minuta do Termo de Cooperação entre Aprece e UFC. Para o vice-presidente da Aprece a iniciativa é muito interessante para os municípios cearenses que, acredita, irão aderir com entusiasmo essa oportunidade de garantir inclusão digital aos seus alunos.
Saiba mais
O receptor de TV Box é um dispositivo que se conecta à Internet e é capaz de permitir o acesso a aplicativos streamings. Por serem equipamentos de comunicação que se conectam a provedores de Internet para envio e recepção de informações, eles devem ser homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). Os equipamentos que não são certificados são considerados piratas e, portanto, ilegais e alvos de apreensão por parte da Receita Federal.