O vereador Gardel Rolim (PDT), fez uso da tribuna da Câmara Municipal de Fortaleza, nesta terça-feira (08), para repercutir e criticar a decisão do Ministério da Saúde, em revogar aproximadamente 100 portarias relacionadas à saúde mental no Brasil. Programas que atendem as populações mais necessitadas, como os CAPS, a Rede de Atenção Psicossocial, o Consultório de Rua e outras estruturas da pasta, correm o risco de acabar.
“Precisamos mais uma vez, nos organizar e articular, evitando que o Governo Federal desarticule a política de saúde mental do nosso país. Essa decisão não foi discutida com o Conselho Nacional de Saúde, os estados e profissionais da área. Essa política pública de saúde mental não pode ser descontinuada e muito menos sofrer corte de recursos”, cobrou Gardel.
O Ministério da Saúde ainda deixou vencer, no último mês de novembro, o contrato da empresa que realizava exames de genotipagem no Sistema Único de Saúde (SUS). O procedimento é feito em pessoas com HIV, Aids (a doença causada pelo vírus) e hepatites virais. Ainda no discurso, o vereador destacou que desde o início do mandato, foi um defensor contundente de programas voltados à saúde pública e ainda lembrou a importante conquista para o município de Fortaleza, como a realização do primeiro concurso da história para profissionais e usuários voltado à saúde mental.
“Nós faremos mais uma vez, um requerimento ao Ministério da Saúde, cobrando explicações acerca dessas notícias divulgadas nos últimos dias. Precisamos saber com clareza o que a pasta pensa a respeito da saúde mental para nossa população. Essa é uma causa que luto desde quando me tornei profissional de saúde há mais de vinte anos. E aqui no Parlamento não seria diferente”, afirmou.